Quem acompanha nosso blog já deve conhecer as certificações oferecidas pela Apple a profissionais e instituições que usam a tecnologia educacional da marca. São os casos dos títulos Apple Distinguished School (ADS), para escolas; Apple Teacher e Apple Distinguished Educator (ADE), para professores. Mas como exatamente essas certificações impactam a vida dos educadores?
Para entender mais sobre esse assunto, o blog da Sejunta entrevistou Mariana Rocha, que é uma Apple Distinguished Educator. Pedagoga e pós-graduanda em neurociência aplicada à educação, é professora do Colégio Presbiteriano Mackenzie, em São Paulo. Junto à instituição, desenvolveu um projeto de tecnologia educacional baseado em iPad que, em 2019, lhe rendeu o título de ADE. Assim, hoje Mariana faz parte de uma comunidade internacional de professores certificados que procuram disseminar o ensino tecnológico.
Uma carreira voltada à tecnologia educacional
A seguir, confira a entrevista concedida ao Blog da Sejunta pela ADE Mariana Rocha e conheça mais de sua trajetória.
Sejunta – Hoje, como Apple Distinguished Educator, você já é uma verdadeira embaixadora do uso da tecnologia no ensino. Mas, como foi o início desse seu trabalho com a Apple?
Mariana Rocha – Tudo começou em 2017, quando o colégio fez a aquisição das primeiras unidades de iPad. Assim, desde o início eu logo me envolvi no projeto, procurando maneiras de usar o dispositivo de uma forma significativa. Ou seja, nós não queríamos ter o iPad só para “dizer que tem”. O objetivo sempre foi utilizá-lo para de fato potencializar a educação e a aprendizagem.
E como foi esse processo de descoberta de tudo que o iPad pode fazer?
Foi bastante intenso! Desde o começo nós já procurávamos formas de usar a tecnologia educacional na maior quantidade de séries possível. E isso que, bem no início, o colégio possuía apenas onze dispositivos. Então, focamos bastante no formato de ensino híbrido, com rotação de estações. E para desenvolver as propostas de atividades, estudamos muito sobre as ferramentas, os recursos e os apps do iPad.
Então, logo viraram especialistas em iPad...
Verdade. E foi bem rápido. O projeto começou em 2017 e já em 2018 nós conseguimos a certificação Apple Teacher para vários professores.
Bom, em 2018 você já possuía a certificação Apple Teacher. Como foi o processo para se tornar uma Apple Distinguished Educator?
Então, a partir do momento em que a gente dominou a tecnologia educacional da Apple ficou ainda fácil expandir o projeto. Para isso, a gente mantinha reuniões quinzenais com os professores das turmas, que nos contavam quais conteúdos estavam trabalhando. Assim, com base nisso, a equipe de Apple Teachers elaborava uma proposta de como usar o iPad naquela aula associado a metodologias ativas. Então o uso da tecnologia nunca vinha como uma coisa imposta, que ia mudar de uma só vez toda a aula. Aliás, pelo contrário: a utilização do iPad sempre foi gradual e alinhada ao que os professores já tinham planejado. E foi esse projeto que nós submetemos à Apple em 2019, quando eu e mais quatro profissionais obtivemos a certificação ADE.
Então daria para dizer que o objetivo do projeto de vocês foi mostrar como a tecnologia educacional pode ser inserida na escola de forma natural?
Exato. Tem muita gente que pensa que o iPad só pode ser usado em instituições com modelos disruptivos de ensino. Ou seja, adorariam usar a tecnologia, entendem as vantagens, mas acham que a sua escola não é “moderna” o suficiente. Mas obviamente não precisa ser assim. O iPad pode ser inserido nas aulas de qualquer instituição, mesmo as mais tradicionais, como é a nossa. E depois o uso da tecnologia vai crescendo naturalmente, de dentro para fora, e não como algo imposto.
Com a certificação Apple Distinguished Educator, o que mudou no seu dia a dia como profissional da educação?
Acho que são duas coisas. Primeiro, é a sensação de pertencimento a uma comunidade. Isso porque a Apple propicia e estimula o contato com outros ADE de todo o mundo. Então é muito bacana poder aprender e compartilhar experiências com professores que desenvolvem projetos semelhantes ao seu, mas em contextos totalmente diferentes. Isso enriquece e inspira o meu trabalho diariamente. E o outro ponto, também ligado a esse primeiro, é a visibilidade. Depois de me tornar ADE, muita gente vem me procurar, querendo saber como eu fiz ou buscando dicas de uso da tecnologia educacional. Então hoje, além de dar aulas, eu desenvolvo esse trabalho em duas frentes: aprendo com meus colegas ADEs e repasso conhecimento adiante.
Para finalizar, qual dica você daria para um professor ou coordenador pedagógico que queira trabalhar com tecnologia educacional ou mesmo se tornar um ADE?
Para mim, o principal é não ter medo do erro e nem das ferramentas. Até mesmo porque o uso do iPad é muito fácil e intuitivo. Então qualquer professor consegue começar a trabalhar com ele, mesmo sem cursos ou certificação Apple Teacher. E por outro lado ele abre muitas portas, mostra muitas possibilidades a serem exploradas. Logo, cabe ao educador fazer esse desbravamento, desenvolvendo novas formas de usar os apps e recursos nas suas aulas.
Quer saber como usufruir da tecnologia educacional da Apple em sua escola? Então entre em contato agora mesmo com a Sejunta!
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